Na entrevista concedida ao A VOZ DO POVO o conselheiro
tutelar afastado do cargo, Arnaldo Feijó, alega, que, como pai não poderia
aceitar que uma criança com 4 dias de vida fosse parar na Casa da Juventude, de
onde estou chegando agora de um encontro com a presidente Maria Aparecida da
Silva. Reparem, que os jornalistas do A VOZ DO POVO grifam importante trecho
da fala de Feijó, como se estivessem querendo apoiar o motivo alegado pelo
“conselheiro”. Conheça agora a Casa da Juventude, a Caju, como é popularmente
tratada em Barra do Piraí.
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Presidida desde abril do ano passado pela enfermeira
aposentada Maria Aparecida da Silva, que tem como vice-presidente a advogada
Tânia Maria Pereira Morais, a Caju abriga hoje 20 crianças, dentre elas dois bebes
apreendidos pela Vara da Infância e Juventude de Barra do Piraí nas casas dos
casais adotivos indicados sem o conhecimento e consentimento da Justiça pelo
vereador Pedro Fernando de Souza, vulgo Pedrinho ADL (PRB), e pelo conselheiro
tutelar afastado do cargo, Arnaldo Feijó.
Maria Aparecida da Silva - presidente da Caju
Com sede bem cuidada, organizada e bastante ampla, a Caju
possui onze funcionários contratados e mais cinco cedidos pela Prefeitura de
Barra do Piraí – uma professora, uma psicóloga, uma assistente social e dois
para atuarem na área de serviços gerais. A instituição, que possui apoio
financeiro somente do Governo Municipal, conta também com doadores e
profissionais que atuam como voluntários em várias áreas como medicina e
odontologia.
Na administração, além da presidente e vice-presidente, a
Caju possui seis diretores e oito conselheiros, também voluntariados e sem
quaisquer tipos de remunerações para atuarem na ponta da linha recebendo os
menores que a sociedade teima em não enxergar.
Supervisionados pelo Ministério Público e Vara da Infância e
Juventude de Barra do Piraí, a administração da Caju segue estritamente a
legislação que protege os direitos das crianças e adolescentes abrigados. Sobre
as declarações do “conselheiro” envolvido no caso de doações ilegais de
crianças, a presidente Maria Aparecida disse: “O conselheiro trouxe várias
crianças para cá. Se ele percebeu que a Casa da Juventude não possuía condições
de cuidar de menores, porque não nos denunciou no MP?”. Para Maria Aparecida,
que é enfermeira aposentada, há uma grande dose de hipocrisia na alegação de
Arnaldo Feijó. “Nossa função aqui é cuidar das crianças e não encaminha-las
para adoção. Nossa principal meta e fazer com que essas crianças retornem aos
seus lares, quando eles existirem. A criança na Casa da Juventude só é adotada
por determinação da Justiça e a pedido do Ministério Público”, desabafou a
presidente, ressaltando, que assim que os bebês foram apreendidos pela Justiça
e abrigados na Casa da Juventude, todos os exames médicos e laboratoriais necessários
foram realizados pelos profissionais de Saúde voluntariados e cedidos pela
Prefeitura de Barra do Piraí. “Foram contratados mais dois funcionários somente
para cuidar deles”, encerrou.
Quem quiser ser um doador ou voluntário na Casa da
Juventude, vá na instituição e conheça seu funcionamento, sua estrutura e sua
administração.
Seria muito interessante também, que os governos estadual e
federal não deixassem somente para a Prefeitura de Barra do Piraí, a
incumbência de cuidar, volto a repetir, das crianças que a sociedade teima em
não enxergar.
PARTE DA ESTRUTURA DA CAJU
Refeitório
Quadra de Esportes
O prédio na Avenida Cecília
Essa é a nova Casa da Juventude, que sobrevive com doações do povo barrense e com repasse da Prefeitura de Barra do Pirai/RJ. Se essa estrutura não é o suficiente para o Conselheiro, qual deveria ser?
ResponderExcluirpois é, a caju, esta sempre melhorando, antes não existia aquela quadra, mas la tem tdo muito bem organizadinho e limpinho tbm. claro, eles estão sempre em busca de melhorar o local, mas infelizmente não tem esses recursos facilmente. como outras entidades que recebem altas verbas e não fazem o milagre que eles sempre fizeram.
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