sábado, 25 de janeiro de 2014

Funcionários demitidos da Cruz Vermelha - BP em 2013 permanecem sem direitos trabalhistas

foto: reprodução/A VOZ DO POVO

Três funcionárias da Cruz Vermelha Barra do Piraí, Fernanda, Cláudia, Rosania, participaram na semana passada no repórter policial do Gato Preto, que é um programa independente transmitido pela RBP/AM de segunda a sexta-feira.
Fernanda, Cláudia, Rosania e mais quatro funcionários foram demitidos da Cruz Vermelha entre julho e dezembro do ano passado e até hoje não receberam indenizações trabalhistas e nem mesmo os seguros desempregos porque suas carteiras de trabalho estão em aberto, sem a homologação no sindicato da categoria. “Na verdade nós ainda somos funcionárias da Cruz Vermelha, já que nossas carteiras de trabalho dizem que somos”, disseram Fernanda e Cláudia, revelando, que a entidade, atualmente com cerca de 30 funcionários, não vem depositando os valores relativos aos Fundos de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Sobre os depósitos do INSS nada sabemos e eles não nos informam quando perguntamos”, frisaram.
Cláudia e Fernanda acreditam que o problema está sendo ocasionado pela indefinição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Cruz Vermelha Barra do Piraí. “O Pedro contador, pessoa de confiança do presidente Coronel Parrini, informou apenas que a Cruz Vermelha Barra do Piraí tinha perdido sua condição de entidade filantrópica e que não era mais considerada filial da matriz Rio de Janeiro”, alegaram.
Sobre as notícias veiculadas na imprensa após a entrevista ao programa policial envolvendo doações encaminhadas a entidade, Fernanda disse que não pode tecer qualquer comentário sobre o assunto porque não trabalhava na Cruz Vermelha à época, já Cláudia afirmou que a reportagem publicada por um jornal regional não condiz com suas palavras. “Jeff, durante o programa eu disse, em off, que o aparelho de TV e os materiais esportivos doados pelo vereador Pedrinho ADL (PRB) para sorteio não tinham sido sorteados. Primeiro eles ficaram guardados na farmácia, na parte de cima, depois foram levados para uma sala lá embaixo, na presidência. Esses materiais não foram sorteados como o próprio vereador informou que seriam”, frisou, emendando: “No caso dos vasilhames de água doados na época da tragédia na região serrana, não foi eu quem disse. Telefonaram para o programa tocando neste assunto que foi colocado como se ele tivesse partido de mim e não partiu. Essa conversa a gente escutou sim dentro da Cruz Vermelha, mas, não passavam de assuntos comentados pelos corredores.”
Cláudia e Fernanda informaram que irão até a sede da Cruz Vermelha no Rio de Janeiro e ao Ministério Público na próxima semana. “Nós agendamos estas audiências na matriz Rio e no MP em Barra do Piraí para garantir que nossas intenções são garantir nossos direitos e esclarecer tudo que tiver que ser esclarecido”, encerraram, com Cláudia, acrescentando, que está preocupada após a visita na sexta-feira do presidente da Cruz Vermelha ao provedor da Santa Casa, onde ela atualmente presta serviços. “Suspeito que o Coronel Parrini tenha feito pressão para que eu seja demitida”.

Falando por telefone com o Coronel Parrini, que passa o final de semana em sua residência na cidade de Niterói, ouvi dele, que, na segunda-feira vai pedir gravação da entrevista ao programa policial para adotar qualquer posicionamento e que as demissões foram recomendadas pelo corpo médico da Cruz Vermelha. “Eu não discuto demissões, apenas ouço as recomendações do corpo médico e como administrativo eu ajo dentro daquilo que está sendo considerado melhor para a entidade”, encerrou, dizendo que quaisquer esclarecimentos serão prestados somente na próxima semana. Sobre a visita ao provedor da Santa Casa o Coronel Parrini disse: “Eu não vou perder meu tempo com essa menina”.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Secretaria de Serviços Públicos de Barra do Piraí executa obras em terreno particular na Metalúrgica

Ontem eu fui contatado pelo diretor do Sindicato dos Bancários no Sul Fluminense, ex-presidente e atual membro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Barra do Piraí, Gilberto de Souza. Segundo seus relatos a Secretaria Municipal de Serviços Públicos estaria trabalhando em propriedade particular na Rua Lúcio Mansur Elias, no bairro da Metalúrgica.
Hoje pela amanhã eu segui até o bairro da Metalúrgica para me encontrar com Gilberto de Souza na Rua Lúcio Mansur Elias, bem em frente à propriedade particular onde um barranco foi escavado por funcionários e máquinas da Secretaria de Serviços Públicos com as terras retiradas jogadas sem quaisquer critérios sobre um talude na mesma rua.
O clima não era muito amistoso. Mal começamos a conversar sob a sombra de uma árvore e fomos surpreendidos por um rapaz no comando de uma carroça, que, em tom ameaçador, disse: “Gilberto, se eu fosse você não faria isso”. Enquanto o rapaz ameaçava ouviu-se uma voz lá do alto de uma residência: “Chico! Sai daí!”.
Então eu pensei: adoro lidar com valentes e vamos em frente.
Gilberto me contou que desde o ano passado vinha pedindo ao secretário de Serviços Públicos, João Adolfo Teles, para que uma limpeza fosse realizada no talude em frente a sua residência, onde um matagal crescia e uma placa informativa ameaçava cair. “Fiz vários contatos e nunca obtive retorno”, disse Gilberto, emendando: “Um dia encontrei João e pedi que o lixo urbano fosse retirado de minha calçada. Ele, ironicamente, disse que a Prefeitura não executava serviços em propriedades particulares”.
Ontem -  quarta-feira, dia 15 - pela manhã Gilberto fotografou homens e máquina da Secretaria de Serviços Públicos escavando um barranco em propriedade particular.
Hoje, no local, eu fotografei a terra retirada da propriedade particular armazenada sobre o talude na Rua Lúcio Mansur Elias.
Chico, que apareceu no local se dirigindo a Gilberto de Souza em tom ameaçador é filho da presidente da Associação de Moradores do bairro da Metalúrgica, Maria Helena, que possui ligações com o secretário João Teles.

Secretário alega não saber nada sobre o serviço em terreno particular.

Em contato telefônico com o secretário João Adolfo, ouvi dele que ele não sabia que a máquina e funcionários de sua pasta estavam executando serviços na propriedade particular do morador identificado por ele como de primeiro nome Jordane. “São vícios antigos dos funcionários da minha secretaria que eu estou tentando acabar. Os funcionários foram advertidos por mim”, disse João Teles, informando, também, que ontem pela manhã, quando tomou conhecimento sobre o fato fez contato telefônico com Lívia, que está substituindo a presidente da Associação de Moradores da Metalúrgica, Maria Helena, por motivos de saúde. “Alertei Lívia que fatos assim não podem se repetir”, disse-me ao telefone.
João Adolfo Telles também é morador do mesmo bairro.

Beleza, os culpados são sempre os pequenos.

Foto do talude registrada por Gilberto de Souza e que deu origem ao pedido de limpeza feito ao secretário João Teles.

Foto registrada por Gilberto de Souza no momento em que a máquina da Secretaria de Serviços Públicos escavava o barranco em propriedade particular.

Funcionários "culpados" segundo informações do secretário João Teles. Foto de Gilberto de Souza

Hoje eu registrei as terras jogadas inadvertidamente sobre o talude na Rua Lúcio Mansur Elias.