terça-feira, 26 de março de 2013

Manicure seqüestra e assassina o menino João Felipe em Barra do Piraí por vingança

A equação da bestialidade inicia na vingança de uma jovem manicure muito bonita, que vivia de aparência consumindo moda sem ter como garantir sua próxima visita ao supermercado


A equação da bestialidade não é tão simples assim. Por volta das 14 horas de ontem, segunda-feira (25), a manicure Suzane de Oliveira, 22 anos, que após anos trabalhando passou a conhecer bem a rotina da família da empresária do setor imobiliário, Aline Santana Bichara, telefonou para o Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira, e, se passando pela mãe do aluno do Curso de Alfabetização, João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, enviou um táxi para buscá-lo com a justificativa de uma consulta médica.
Acompanhada pela criança e valendo-se do seu próprio convívio com João Felipe, a manicure seguiu para o Hotel São Luiz, na Rua Aureliano Garcia, Centro de Barra do Piraí, onde entrou para um quarto sem apresentar quaisquer documentos de identificação dela ou da criança ao porteiro de primeiro nome Eduardo, conhecido como Dudu.
Cerca de uma hora depois e após asfixiar João Felipe no quarto do Hotel São Luiz, Suzane pediu ao porteiro que chamasse um táxi e pagando sua conta desceu com a criança no colo seguindo para sua residência à Rua Cristiano Ottoni, 325, casa 6, também no Centro da cidade, onde colocou o pequeno corpo nu dentro de uma mala de viagem providenciando a queima de seu uniforme e par de tênis.
Após o assassinato a manicure seguiu para a casa da mãe Aline e segundo informações teria almoçado com ela.
Por volta das 17 horas, horário de saída da escola, a mãe soube que João Felipe havia sido entregue a um taxista às 14h30, supostamente, a seu pedido. Desesperada, Aline pediu ajuda da família e seguiu para 88ª DP onde registrou o sequestro e onde também a própria sequestradora e assassina demonstrava apoio chegando a se oferecer para tomar conta de mais três crianças que estavam no local com seus pais e mães, parentes de Aline.
Enquanto campanhas de busca ao menino foram iniciadas no site de relacionamentos Facebook, na delegacia um telefonema do taxista que levou a criança até a Rua Cristiano Ottoni desvendava da pior maneira possível o sequestro seguido de morte de uma criança com apenas 6 anos de idade.
Detida, a manicure Suzane de Oliveira manteve-se inicialmente calada enquanto o delegado titular da 88ª DP, José Mário Salomão Omena, colhia provas suficientes para apontá-la como a única autora do sequestro e assassinato de João Felipe.
Horas foram se passando e uma pequena multidão aglomerava-se na porta da delegacia aguardando informações. Como sempre os jornalistas dos pequenos veículos de comunicação de Barra do Piraí não obtiveram quaisquer informações até que as grandes redes de TV chegaram e então finalmente os direitos dos jornalistas foram reconhecidos em entrevistas e informações com a manicure chegando a dizer na Rede Record que o pai da criança, Heraldo Bichara Filho, “assediava-a” com frequencia.
João Felipe foi sepultado às 10 horas desta manhã de terça-feira no cemitério Recanto da Paz em Barra do Piraí.
A equação da bestialidade inicia na vingança de uma jovem manicure muito bonita, que vivia de aparência consumindo moda sem ter como garantir sua próxima visita ao supermercado;  passa por um colégio que relaxou nas suas responsabilidades, por um hotel que admite uma mulher e uma criança sem quaisquer documentos de identificação, para encerrar na destruição de uma família que nunca mais será a mesma.

Mãe e filho separados pela vingança de uma jovem manicure
O colégio que relaxou nas suas responsabilidades.
O hotel que recebeu uma mulher adulta e um menino sem quaisquer documentos de identificação.
Na Rua Cristiano Ottoni a entrada da vila onde reside a manicure e onde foi encontrado o corpo de João Felipe.
Vestido de branco o porteiro do Hotel São Luiz presta depoimento como testemunha da DP
As cenas que estamos acostumados a assistir em delegacias em todo país. O povo pede justiça.

Num episódio onde só há o que se lamentar, fica minha indignação como pai e o meu protesto como profissional da imprensa nanica do interior Fluminense, que nunca recebe das autoridades a atenção dedicada aos grandes conglomerados da mídia. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

Jogo sujo político na Câmara de Vereadores de Barra do Piraí


Repetindo a estratégia do ex-vereador Luiz Roberto Coutinho Tostão (PP), hoje diretor da Câmara de Vereadores de Barra do Piraí e que no primeiro biênio do mandato passado como presidente do Legislativo antecipou a eleição da mesa diretora vencendo-a no pior estilo do obscurantismo parlamentar sempre perverso com a Democracia, pois, transforma sua maior virtude, o voto, em material de barganha, foi realizada ontem a eleição da mesa diretora para o biênio 2015 e 2016.
Então já está decidido amado povo de Barra do Piraí: nos primeiros dois anos quem dá as cartas é o Pastor Monteiro (PRB), já nos dois anos seguintes Joel Tinoco (PP) será o “cara”.
O que mais me intriga nesses casos onde a “esperteza” é um prenúncio de que há algo de muito nocivo à sociedade democrática, é saber de onde vem esta força avassaladora, que convence até o vereador Chico Leite (PMDB), líder do Executivo na Casa de Leis, a participar da chapa única da oposição como segundo secretário eleito. Foram contrários a estapafúrdia eleição os vereadores Gustavo Guy de Carvalho Horta Jardim (PMDB) e Nedino Pereira de Carvalho (PR).
Que força é esta?
Como acontecem os convencimentos de que é necessário mergulhar no jogo sujo político para gerenciar seus mandatos parlamentares?
Eu não sei, ou melhor, acho até que sei, mas, não posso escrever porque certamente eu não teria como sustentar a hipótese num tribunal.
A verdade é que a Câmara de Vereadores de Barra do Piraí é a "empresa" mais fácil de ser gerenciada na cidade. "Fatura" (repasses do Executivo) cerca de meio milhão de Reais por mês; possui “produção” voltada para as indicações parlamentares, assistencialismo, empreguismo e clientelismo com os projetos de leis servindo como “combustíveis” para sustentar a “máquina” dos vereadores que participam da classe privilegiada de “acionistas” com os maiores “dividendos” reservando os rigores das normas e regimentos para os vereadores que não apóiam as estratégias(?) da “empresa”.
Eu tentei inúmeros contatos agora pela manhã como o vereador Chico Leite (PMDB), líder do Executivo, mas, infelizmente, meus telefonemas não foram atendidos. As informações que me chegam é que sua adesão ao lamaçal político foi para dar sustentação à governabilidade, que hoje são duas palavras muito utilizadas para exemplificar e até tentar justificar os mercados de quinquilharias em que foram transformados os plenários do Poder Legislativo no Brasil.
Sobre a legalidade da eleição, eu não quero saber e espero que àqueles que possuem a incumbência para tal, queiram!

De última hora
Enquanto eu elaborava a charge para ilustrar este comentário, o líder do Executivo, vereador Chico Leite, me telefonou explicando que a modificação no regimento interno da Câmara de Vereadores no mandato passado sustenta a legalidade na antecipação da eleição para a mesa diretora que deveria ser realizada em 2015. Quando indagado sobre os motivos que levaram o líder do Executivo na Casa de Leis a participar da chapa da oposição ao prefeito Maércio de Almeida (PMDB), o vereador explicou que sua adesão é parte de uma estratégia para proporcionar governabilidade em Barra do Piraí. Então eu perguntei o que fazia o líder do Executivo pensar que a oposição daria sustentação ao prefeito em casos onde a disputa fosse interessante à própria oposição? O Chico Leite respondeu que foram os acordos políticos fechados entre quatro paredes.
Povo amado de Barra do Piraí, engana que a gente gosta!

sexta-feira, 1 de março de 2013

Médico e Enfermeira do Maria de Nazaré prestam depoimentos nos casos das doações ilegais de crianças


Na terça-feira (26) compareci a 88 DP de Barra do Piraí para ser ouvido pelo educadíssimo detetive de Polícia Civil Anderson num inquérito aberto a pedido do vereador Pedro Fernando de Souza, vulgo Pedrinho ADL (PRB). O vereador copiou todas as matérias deste blog relativas aos casos das adoções ilegais de duas crianças em Barra do Piraí e pediu apuração de crimes de calúnia e injúria contra ele. Concomitantemente eu ingressei com outro pedido, desta vez para abertura de inquérito policial para apurar crimes de calúnia e difamação na entrevista concedida ao jornal A VOZ DO POVO, onde Pedrinho ADL me rotula como câncer de Barra do Piraí e membro insignificante da imprensa marrom expressando outros devaneios mais.
Sentado no ar condicionado da nova Delegacia Legal de Barra do Piraí eu percebi que o médico Wallace Favieri e uma jovem aguardavam para serem ouvidos. Logo pensei: é o caso das crianças doadas ilegalmente ao casal de Santa Rita de Jacutinga pelo vereador Pedrinho ADL e conselheiro tutelar exonerado Arnaldo Feijó.
Comecei a procurar até que uma fonte de minha inteira confiança e que será preservada me contou o teor dos depoimentos na delegacia de Barra do Piraí.

Vamos aos casos:
A primeira mãe, a quem chamarei somente de Tatiana, foi internada cerca de uma semana antes das eleições do ano passado no Hospital Maternidade Maria de Nazaré.
O pré-natal e parto foram custeados pelo vereador Pedrinho ADL, que pagou pelo pacote R$ 1,5 mil.
Segundo a fonte no dia 7 de outubro o vereador Pedrinho ADL esteve no hospital e levou Tatiana para votar.
No dia seguinte, 8 de outubro, o parto foi realizado pelo médico Wallace Favieri e o vereador Pedrinho ADL chegou ao hospital dizendo que queria ver a sua criança. Garante a fonte que o casal de Santa Rita de Jacutinga (MG) também chegou ao hospital entregando as enfermeiras o enxoval da criança.
Então entra em cena a jovem que eu vi na 88 DP. Ela era a técnica de enfermagem que estava no berçário no dia 8 de outubro, que também vou preservar o nome e que não trabalha mais no Maria de Nazaré. Naquele dia do vereador Pedrinho ADL se dirigiu a ela pedindo para registrar a Declaração de Nascido Vivo (DNV), que vem com os exames obrigatórios, como o do pezinho, em nome do casal de moradores de Santa Rita de Jacutinga.
Não aceitando o pedido do vereador, que afirmava ter o apoio do conselheiro tutelar Arnaldo Feijó, a técnica em enfermagem, conhecendo a legislação para registros de crianças, chamou a assistente social, a quem chamarei somente de Bruna.
A assistente social, tomando conhecimento sobre o pedido, enfrentou a autoridade de Pedrinho ADL ameaçando chamar a polícia.
Supostamente, assustados, o vereador Pedrinho ADL e o casal saíram rapidamente e levaram o enxoval  deixando a criança sem qualquer roupa, que imediatamente foi doada pela entidade mantenedora do hospital, Centro Espírita Pai Cambinda.
Pouco tempo depois Pedrinho ADL fez contato informando que já tinha tomado todas as providências falando com a promotora.
A assistente social Bruna foi até o conselheiro tutelar Arnaldo Feijó e empunhando a lei brasileira de adoções demonstrou toda sua indignação com o ocorrido no dia 8 de outubro.
Praticamente um mês depois, o vereador Pedrinho ADL e o conselheiro tutelar Arnaldo se utilizaram de outro procedimento, desta vez fora do hospital e no gabinete na Câmara de Vereadores de Barra do Piraí para novamente doar outra criança ao casal de Santa Rita de Jacutinga, desta vez com a mãe biológica de nome Cristiane.
As duas crianças foram apreendidas pela Vara da Infância e Juventude de Barra do Piraí e levadas para serem abrigadas na Casa da Juventude.
No jornalismo é assim, ou você banca suas fontes, ou perde o bonde.