sexta-feira, 8 de março de 2013

Jogo sujo político na Câmara de Vereadores de Barra do Piraí


Repetindo a estratégia do ex-vereador Luiz Roberto Coutinho Tostão (PP), hoje diretor da Câmara de Vereadores de Barra do Piraí e que no primeiro biênio do mandato passado como presidente do Legislativo antecipou a eleição da mesa diretora vencendo-a no pior estilo do obscurantismo parlamentar sempre perverso com a Democracia, pois, transforma sua maior virtude, o voto, em material de barganha, foi realizada ontem a eleição da mesa diretora para o biênio 2015 e 2016.
Então já está decidido amado povo de Barra do Piraí: nos primeiros dois anos quem dá as cartas é o Pastor Monteiro (PRB), já nos dois anos seguintes Joel Tinoco (PP) será o “cara”.
O que mais me intriga nesses casos onde a “esperteza” é um prenúncio de que há algo de muito nocivo à sociedade democrática, é saber de onde vem esta força avassaladora, que convence até o vereador Chico Leite (PMDB), líder do Executivo na Casa de Leis, a participar da chapa única da oposição como segundo secretário eleito. Foram contrários a estapafúrdia eleição os vereadores Gustavo Guy de Carvalho Horta Jardim (PMDB) e Nedino Pereira de Carvalho (PR).
Que força é esta?
Como acontecem os convencimentos de que é necessário mergulhar no jogo sujo político para gerenciar seus mandatos parlamentares?
Eu não sei, ou melhor, acho até que sei, mas, não posso escrever porque certamente eu não teria como sustentar a hipótese num tribunal.
A verdade é que a Câmara de Vereadores de Barra do Piraí é a "empresa" mais fácil de ser gerenciada na cidade. "Fatura" (repasses do Executivo) cerca de meio milhão de Reais por mês; possui “produção” voltada para as indicações parlamentares, assistencialismo, empreguismo e clientelismo com os projetos de leis servindo como “combustíveis” para sustentar a “máquina” dos vereadores que participam da classe privilegiada de “acionistas” com os maiores “dividendos” reservando os rigores das normas e regimentos para os vereadores que não apóiam as estratégias(?) da “empresa”.
Eu tentei inúmeros contatos agora pela manhã como o vereador Chico Leite (PMDB), líder do Executivo, mas, infelizmente, meus telefonemas não foram atendidos. As informações que me chegam é que sua adesão ao lamaçal político foi para dar sustentação à governabilidade, que hoje são duas palavras muito utilizadas para exemplificar e até tentar justificar os mercados de quinquilharias em que foram transformados os plenários do Poder Legislativo no Brasil.
Sobre a legalidade da eleição, eu não quero saber e espero que àqueles que possuem a incumbência para tal, queiram!

De última hora
Enquanto eu elaborava a charge para ilustrar este comentário, o líder do Executivo, vereador Chico Leite, me telefonou explicando que a modificação no regimento interno da Câmara de Vereadores no mandato passado sustenta a legalidade na antecipação da eleição para a mesa diretora que deveria ser realizada em 2015. Quando indagado sobre os motivos que levaram o líder do Executivo na Casa de Leis a participar da chapa da oposição ao prefeito Maércio de Almeida (PMDB), o vereador explicou que sua adesão é parte de uma estratégia para proporcionar governabilidade em Barra do Piraí. Então eu perguntei o que fazia o líder do Executivo pensar que a oposição daria sustentação ao prefeito em casos onde a disputa fosse interessante à própria oposição? O Chico Leite respondeu que foram os acordos políticos fechados entre quatro paredes.
Povo amado de Barra do Piraí, engana que a gente gosta!

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