Repetindo a estratégia do ex-vereador Luiz Roberto Coutinho
Tostão (PP), hoje diretor da Câmara de Vereadores de Barra do Piraí e que no
primeiro biênio do mandato passado como presidente do Legislativo antecipou a eleição da mesa diretora vencendo-a no pior estilo do obscurantismo
parlamentar sempre perverso com a Democracia, pois, transforma sua maior
virtude, o voto, em material de barganha, foi realizada ontem a eleição da mesa
diretora para o biênio 2015 e 2016.
Então já está decidido amado povo de Barra do Piraí: nos
primeiros dois anos quem dá as cartas é o Pastor Monteiro (PRB), já nos dois
anos seguintes Joel Tinoco (PP) será o “cara”.
O que mais me intriga nesses casos onde a “esperteza” é um
prenúncio de que há algo de muito nocivo à sociedade democrática, é saber de
onde vem esta força avassaladora, que convence até o vereador Chico Leite
(PMDB), líder do Executivo na Casa de Leis, a participar da chapa única da
oposição como segundo secretário eleito. Foram contrários a estapafúrdia
eleição os vereadores Gustavo Guy de Carvalho Horta Jardim (PMDB) e Nedino
Pereira de Carvalho (PR).
Que força é esta?
Como acontecem os convencimentos de que é necessário
mergulhar no jogo sujo político para gerenciar seus mandatos parlamentares?
Eu não sei, ou melhor, acho até que sei, mas, não posso
escrever porque certamente eu não teria como sustentar a hipótese num tribunal.
A verdade é que a Câmara de Vereadores de Barra do Piraí é a "empresa" mais fácil de ser gerenciada na cidade. "Fatura" (repasses do Executivo)
cerca de meio milhão de Reais por mês; possui “produção” voltada para as
indicações parlamentares, assistencialismo, empreguismo e clientelismo com os
projetos de leis servindo como “combustíveis” para sustentar a “máquina”
dos vereadores que participam da classe privilegiada de “acionistas”
com os maiores “dividendos” reservando os rigores das normas e regimentos para os
vereadores que não apóiam as estratégias(?) da “empresa”.
Eu tentei inúmeros contatos agora pela manhã como o vereador
Chico Leite (PMDB), líder do Executivo, mas, infelizmente, meus telefonemas não
foram atendidos. As informações que me chegam é que sua adesão ao lamaçal político
foi para dar sustentação à governabilidade, que hoje são duas palavras muito
utilizadas para exemplificar e até tentar justificar os mercados de
quinquilharias em que foram transformados os plenários do Poder Legislativo no
Brasil.
Sobre a legalidade da eleição, eu não quero saber e espero
que àqueles que possuem a incumbência para tal, queiram!
De última hora
Enquanto eu elaborava a charge para ilustrar este comentário,
o líder do Executivo, vereador Chico Leite, me telefonou explicando que a
modificação no regimento interno da Câmara de Vereadores no mandato passado
sustenta a legalidade na antecipação da eleição para a mesa diretora que
deveria ser realizada em 2015. Quando indagado sobre os motivos que levaram o
líder do Executivo na Casa de Leis a participar da chapa da oposição ao
prefeito Maércio de Almeida (PMDB), o vereador explicou que sua adesão é parte
de uma estratégia para proporcionar governabilidade em Barra do Piraí. Então eu
perguntei o que fazia o líder do Executivo pensar que a oposição daria
sustentação ao prefeito em casos onde a disputa fosse interessante à própria
oposição? O Chico Leite respondeu que foram os acordos políticos fechados entre
quatro paredes.
Povo amado de Barra do Piraí, engana que a gente gosta!
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