Na tarde chuvosa de junho de 1980 eu estava nesta cena na Praia do
Flamengo onde era realizada a manifestação
contra a demolição da sede cor-de-rosa da União Nacional dos Estudantes (UNE),
que tinha sido determinada pelo então presidente João Batista de Figueiredo.
A cena foi a mesma que hoje se repete. A Polícia Militar
distribuindo cacetadas, bombas de efeito moral e como ainda não haviam
inventado as balas de borracha, um caminhão esguichava água suja sobre os
manifestantes.
Se vocês repararem bem na foto reproduzida, verão o muro da
Praia do Flamengo, que serviu como escudo para os jovens manifestantes.
Naquele dia conheci Gabriella, uma jovem da Argentina infiltrada na manifestação.
Sem outra alternativa, que não fosse fugir da repressão, evitamos o Monumento dos Pracinhas e seguimos em direção ao meu “aparelho” na Rua Augusto Severo, Lapa, onde ficamos observando o movimento da cavalaria e tropa de choque.
Naquele dia conheci Gabriella, uma jovem da Argentina infiltrada na manifestação.
Sem outra alternativa, que não fosse fugir da repressão, evitamos o Monumento dos Pracinhas e seguimos em direção ao meu “aparelho” na Rua Augusto Severo, Lapa, onde ficamos observando o movimento da cavalaria e tropa de choque.
Para minha tristeza, a mesma UNE defendida em 1980, recebeu, em 2013, do
governo federal, a quantia de R$ 44,6 milhões para reconstruir a sede no Rio
de Janeiro e não mais se manifestar em favor das causas estudantis e do povo
brasileiro.
A única coisa que valeu de verdade foi ter conhecido
Gabriela com seu sotaque portenho.
muito bom. lembro-me bem dessa época
ResponderExcluirparabens. seu blog é interessantíssimo