Foi publicada hoje a sentença prolatada pelo juiz de direito
da 93ª Zona Eleitoral de Barra do Piraí, Maurílio Teixeira de Mello Júnior, que
cassou os mandatos do prefeito Maércio Fernando de Almeida (PMDB) e seu
vice-prefeito Norival Garcia Silva Júnior, o Dr Júnior, tornando-os inelegíveis
por 8 anos. O Juiz atendeu na íntegra aos pedidos formulados pela promotora de
justiça Patrícia Vianna Vieira tornando inelegível também pelo mesmo período o
prefeito José Luiz Anchite.
As únicas observações que faço é de que não existe
animosidade, pelo menos de minha parte, com os candidatos Mário Esteves e
Tostão. Em todos os casos eles foram devidamente contatados e quando vieram em minha residência para serem ouvidos foram recebidos com águas geladas e cafezinhos servidos
pela minha esposa.
Quanto à paralisação do jornal, como a promotora nunca quis
saber os motivos, eu posso explicar. Eu sofro com uma osteomielite no pé esquerdo em crises consecutivas desde o final do ano passado. Não tenho mais como levar
informações no papel aos meus leitores. A internet hoje é meu trabalho, não sei
até quando, pois sinto que vivo numa “ilha” onde as baionetas foram
substituídas pelas canetas.
Sobre não existir provas testemunhais ou documentais de que
eu tenha recebido dinheiro do poder público ou dos candidatos cassados, tenho a acrescentar que elas não existem porque eu sou movido pela verdade e não por dinheiro.
Sobre minha parcialidade, faz parte de minha caminhada defender uma mídia sem máscaras, posicionamento, que, ao que parece, desagrada nossas autoridades. O meu sonho era que os nobres representantes do
Ministério Público Eleitoral e Justiça Eleitoral citassem nominalmente um
jornalista ou um veículo de comunicação imparcial aos seus olhos. Quem sabe eu
não mudaria aprendendo com eles?
A verdade nua e crua é que se as mesmas matérias reclamadas nas quatro edições de O TASQUIM fossem publicadas, por exemplo, no O GLOBO ou Folha de São Paulo, ao invés de seus jornalistas serem rotulados como parciais, certamente os envolvidos seriam condenados a 50 anos de trabalhos forçados no sertão do cariri. É assim que funcionam as coisas em nossa democracia tupiniquim.
Vamos à sentença.
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