quarta-feira, 30 de abril de 2014
terça-feira, 29 de abril de 2014
Pezão visita UPA no Alemão.
O governador Luiz Fernando Pezão visitou na tarde de hoje a UPA que foi depredada ontem à noite, no Complexo do Alemão.
Em sua página no site de relacionamentos Facebook o governador Pezão escreveu: "Não vamos tolerar esses ataques violentos e nem sair do Alemão ou de qualquer outra comunidade pacificada. Pelo contrário! Vamos fortalecer a segurança em todos os locais onde houver enfrentamento à política de pacificação. Com as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) tivemos avanços importantíssimos, não só na área de segurança como em outras, como educação, por exemplo. Tivemos um aumento de 70% na frequência escolar em comunidades onde há UPP."
segunda-feira, 28 de abril de 2014
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Faleceu Norival Garcia
Faleceu na tarde de ontem, aos 66 anos, Norival Garcia, presidente do Grupo RBP de Comunicações. O corpo do empresário foi velado na Câmara de Vereadores de Barra do Piraí e sepultado na tarde de hoje, no jazigo da família no cemitério de Passa Três.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
BR Metals próxima da falência!
Foi ajuizado anteontem, dia 21 de abril, na 2ª Vara de Falência da
cidade de São Paulo, o pedido de recuperação judicial da BR Metals Fundições
Ltda.
Há alguns anos que a BR Metals vem apresentando um quadro
bastante negativo com prejuízo líquido de R$ 38,65 milhões em 2008, R$ 21,24
milhões em 2009 e R$ 52,478 milhões em 2010.
Em 2011 o prejuízo acumulado até abril era de R$ 14,202 milhões.
Depois dessas publicações a empresa não divulgou mais os
prejuízos e anteontem o pedido de recuperação judicial foi ajuizado na Justiça
Cível de São Paulo.
Falência à vista!
COMUNICADO OFICIAL DA BR METALS
COMUNICADO OFICIAL DA BR METALS
"As Empresas SIFCO METALS PARTICIPAÇÕES S.A., SIFCO S.A., BR METALS FUNDIÇÕES LTDA, ALUJET INDUSTRIAL E COMERCIAL LTDA. E TUBRASIL SIFCO EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.., sociedades coligadas na forma da legislação civil, tendo enfrentado dificuldades em suas operações desde a crise financeira mundial iniciada em setembro de 2008 e que agora se agravaram como resultado da repentina desaceleração econômica que afeta os setores produtivos do país, que já provocou sensível redução do faturamento, com consequente afetação do seu fluxo de caixa, deliberaram ingressar, na data de 22 de abril de 2014, com pedido de Recuperação Judicial, distribuído perante a 2ª. Vara de Recuperações Judiciais do Foro Central Cível processo número 1037066-03.2014.8.26.0100 , visando a superação dessa crise econômico financeira e a perpetuação dos negócios com ênfase na liquidação de suas obrigações com seus diversos credores.
A medida se justifica para buscar a equalização de seu passivo e reequilíbrio do caixa, objetivando manter suas atividades regularmente, garantindo assim a continuidade do negócio e a preservação de empregos.
Ficarão assegurados todos os direitos dos trabalhadores, de colaboradores, fornecedores e credores da empresa, sendo que após o deferimento do Pedido de Recuperação Judicial, no prazo legal, deverá ser apresentado o Plano de Recuperação, que cuidará de atender esses pressupostos adequados às capacidades econômicas das empresas.
As empresas valem-se da Recuperação Judicial como instrumento legítimo e transparente para sua reorganização com escopo de preservação dos negócios, dos empregos que gera e para liquidação de suas obrigações. Manteremos todas as informações relacionadas a esse procedimento, nesse ambiente de rede (www.sifco.com.br), como modo de alcançar clareza de nossos propósitos e respeito aos nossos fornecedores e clientes.” (Comunicado Oficial, Grupo Sifco S/A – 23/04/2014)
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Quanto em dinheiro público é gasto no Hospital Maria de Nazareth?
A minha tentativa de informar aos leitores de forma
superficial os valores, principalmente, públicos, que circulam nos hospitais em
Barra do Piraí, esbarrou na primeira muralha criada para esconder de todas as
maneiras como é empregada à verba da SMS (Secretaria Municipal de Saúde).
Após o primeiro encontro com a diretoria da Santa Casa, que
abriu o jogo sobre suas receitas e despesas, no Hospital Maria de Nazareth, os
diretores Márcio e Manoca arrumaram mil desculpas para evitar o encontro comigo
e consequentemente algumas perguntas, que a bem da verdade, deveriam ser
obrigatórias haja vista que estamos falando sobre um hospital recentemente auditado
por suspeitas de internações clínicas e cirúrgicas “fantasmas” e também por denúncias
sobre valores, supostamente, recebidos em dinheiro e sem recibos de pacientes
do SUS. Por causa dessas denúncias a ex-secretária de Saúde, Sheila Filgueiras,
abriu uma sindicância que foi parar na lata do lixo após a sua exoneração.
Não faz muito tempo que nós ouvíamos falar sobre os problemas
financeiros no Hospital Maria de Nazareth, até mesmo os salários e honorários
médicos atrasavam. E foi assim que surgiu a maravilhosa panaceia em administração
de hospitais locais conhecida como gestão compartilhada com a Secretaria de
Saúde de Barra do Piraí. Então, todos os problemas desapareceram como num passe
de mágica e com a chegada de um diretor nomeado pela secretária de Saúde, tudo
está devidamente camuflado para esconder a realidade da população sobre verbas
públicas da Saúde.
Estou apurando e vou procurar o médico Tufi Melhem, antigo
diretor. Não sei se ele vai querer falar, mas, soube que Tufi deixou R$ 1,5
milhão em caixa e que foi proibido até de entrar no Hospital Maria de Nazareth.
Vou procurar também o vereador Pedrinho ADL, que preside a
comissão de Saúde na Câmara para ver se eu consigo da publicidade ao destino da
verba pública, assim como determina a Constituição Federal.
Não é preciso me receber se não quiserem. Também não é de meu agrado.
Podem informar pelo email Jeff.bp@terra.com.br.
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Copa 2014
Andres Sanches acabou de dizer que o Corinthians não tem culpa se os torcedores brigam e que o clube não pode ser responsabilizado se no Brasil só tem bandidos, inclusive ele, é claro.
Central Parque prossegue tirando o sono dos compradores
Há pelo menos 6 meses o Juiz de Direito, Dr. Hindenburg Brasil - sobre quem eu já ouvi falar muitíssimo bem! - oficiou à Delegacia de Polícia e ao Ministério Público para as devidas apurações no caso Central Parque e até hoje nenhum retorno dos órgãos acionados foi dado.
Existe a hipótese de amadorismo, não afasto, mas, existe a de golpe também, que fica bastante acentuada quando se pode ler no cartaz do empreendimento os financiamentos da Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, sem qualquer convênio entre o empreendimento e o programa federal.
Um comprador me disse que acreditou porque o advogado do empreendimento era também Procurador da Prefeitura de Barra do Piraí.
Eu acho que agora vai andar.
No Brasil é assim, não adianta encontrar o "monte", tem que atirá-lo em direção contrária ao ventilador.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Transparência: quanto a Santa Casa arrecada e gasta mensalmente?
Waldyr Adão, Lúcia Teixeira e Rudney Moreira.
Já que a Saúde é sempre prioridade nos palanques, não custa
conhecer os hospitais e hoje eu fui até a Santa Casa de Barra do Piraí – Casa de
Misericórdia Santa Rita de Cássia.
Recebido pelo provedor e médico Rudney Dantas Moreira,
gestor Waldyr de Castro Adão e tesoureira Lúcia Teixeira dos Santos, pude
conhecer um pouco sobre os valores que circulam no maior hospital de Barra do
Piraí, privilegiado em localização, espaço físico e acomodações, que poderiam
ser melhores exploradas se houvesse mais investimentos do poder público. Não há
um hospital sequer na capital fluminense que tenha condições de superar a Santa
Casa de Barra do Piraí em localização, espaço físico ou acomodações.
Com dezessete apartamentos, cinquenta e seis leitos distribuídos
em treze enfermarias, sete leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI), centro
cirúrgico e salas para prestações de serviços de laboratório, raio X,
tomografia computadorizada, hemodiálise, endoscopia digestiva, fisioterapia,
mamografia, cardiologia e oftalmologia, isso sem citar as grandes áreas da
Unimed e Polo de Emergência, a primeira, alugada pela diretoria do plano de
saúde e a segunda cedida gratuitamente para
a Prefeitura de Barra do Piraí, a Santa Casa possui orçamento muito aquém
daquele que poderia proporcionar a saúde dos sonhos barrenses.
Será que o poder público municipal não pode custear esta
saúde tão sonhada?
Tenho muitas dúvidas,
ainda mais quando se descobre que um hospital com tais dimensões e tamanha
importância possui acanhado faturamento médio mensal de R$ 650 mil contra uma
despesa quase do mesmo tamanho, em torno de R$ 600 mil.
Com cento e sessenta funcionários divididos entre 70% na
área de Saúde e 30% na administrativa, a Santa Casa gasta mensalmente cerca de
R$ 280 mil entre salários, encargos e direitos trabalhistas; em materiais de
consumo, alimentação, medicamentos, manutenção de aparelhos e diversos são mais
R$ 100 mil; honorários médicos somam cerca de R$ 150 mil; mais parcelamento com
a Light S/A no valor de R$ 23 mil; empréstimo bancário para pagar 13º salário
com parcelas de R$ 10 mil; tarifa de energia elétrica na casa dos R$ 24 mil;
conta de telefone R$ 3 mil; taxa de água 2 mil e só até aqui eu já somei R$ 592
mil, que não me parecem despesas astronômicas quando se ouve, lê e vê o
prefeito dizer que vai tentar economizar R$ 1,2 milhão em aluguéis mensais, que
muitas das vezes servem muito mais ao locador amigo do que ao locatário público.
As receitas em torno de R$ 650 mil mensais da Santa Casa são
divididas entre repasses federais e municipais mais as receitas faturadas e não
recebidas - cada mês faturado é recebido integralmente num prazo de 45 a 60
dias.
Essas receitas são provenientes das chamadas
contratualizações do SUS (repasses federais); atendimentos pelos planos de
saúde, terceirizados e particulares, que somados chegam a R$ 500 mil mensais em
média, mais os repasses da Prefeitura de Barra do Piraí ao plantão (verba de
sobreaviso de cirurgia) no valor de R$ 88 mil; UTI no valor de R$ 30 mil e
oxigênio no valor de R$ 40 mil, total de R$ 158 mil.
Mas, o que são R$ 158 mil mensais para uma prefeitura que
tentou no mês passado contratar um diretor por R$ 15 mil mensais só para
colocá-lo dentro da Santa Casa como o suprassumo da gestão em hospitais?
O provedor, o gestor e a tesoureira disseram-me que não
aceitaram a ingerência direta do poder público na gestão da Santa Casa, até
porque a presença de um superdiretor sem investimentos não melhoria em nada os
serviços prestados pelo nosocômio, que nada mais é do que uma palavra esquisita
sinônimo de hospital.
O Polo de Emergência é um espaço físico cedido gratuitamente
pela Santa Casa à Secretaria Municipal de Saúde, que administra e bem que poderia
contar pra gente sobre os valores gastos por lá. Eu vou perguntar, mas, antes
vou dar uma passada no Maria de Nazareth e Cruz Vermelha para saber quais são
os valores que entram e saem mensalmente dos hospitais.
Com transparência fica mais fácil entender.
Ah... eu perguntei também sobre os índices de mortalidade na
Santa Casa e fui informado que hoje eles se encontram no patamar de 2,89%, dentro
do tolerado pela OMS (Organização
Mundial de Saúde). Só para vocês terem uma melhor ideia, no hospital Albert
Schweitzer, no Rio, o mesmo índice é de 12,3%.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
Menores infratores representam riscos aos funcionários e bebês abrigados na Caju
Funcionários da Caju (Casa da Juventude de Barra do Piraí),
instituição sem fins lucrativos considerada de utilidade pública nas esferas
municipal, estadual e federal, que foi fundada como abrigo para menores num
casarão da Avenida Cecília, próximo ao Centro da cidade, vivem momentos
complicados.
Responsáveis por menores carentes e infratores, vários
funcionários reclamam da insegurança, principalmente, no turno da noite. Na
semana passada um menor fugiu da instituição e assaltou uma senhora na Rua
Aureliano Garcia, conhecida como Rua da Estação, no Centro de Barra do Piraí. O
menor foi detido pelos policiais militares, encaminhado até a 88 DP e, após o
registro da ocorrência, foi reconduzido para a Caju, onde permanecerá até
quando ele quiser, já que se torna impossível aos funcionários impedir que o
menor, temido na instituição e líder de um grupo de menores, saia para assaltar
ou cometer outros delitos quando ele bem entender.
Além dos evidentes riscos às integridades físicas e até as
vidas dos funcionários, os menores infratores abrigados na Caju representam
também enormes riscos aos menores carentes que aguardam adoções. Existem bebês
na instituição, o que agrava ainda mais a questão. Já foram registrados casos
de tentativas de agressão de um bebê e até de rebeliões.
Na semana passada dois meninos tocaram a campainha de
madrugada e quando atendidos avisaram que matarão um menor infrator que roubou
uma mobilete; uma menina querendo usar drogas pegou uma barra de ferros pra
agredir educadores e – pasmem! – um menor infrator jogou um prato com mingau quente
no rosto de um bebê.
Presidida pela enfermeira aposentada Maria Aparecida da
Silva, que tem como vice-presidente a advogada Tânia Maria Pereira Morais, a
Caju espera decisão do governo municipal, já que o atual mandato se encerrou e
Maria Aparecida e Tânia Morais permanecem nos cargos provisoriamente até que o
poder público municipal decida sobre o futuro da instituição.
Os funcionários confirmaram que a carne enviada para
alimentação na Caju segue o péssimo padrão de qualidade denunciado por mim na
merenda escolar.
É apenas uma pequena parte da vida desses menores em Barra
do Piraí. Infelizmente, pequenos seres que só se tornam visíveis à sociedade
quando cometem atrocidades, que, invariavelmente, são acompanhadas de gritos
por justiça e redução da idade penal.
Ninguém grita que é preciso assumir a responsabilidade por
eles de forma séria e eficaz.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Composições da MRS e Supervia se chocam no subúrbio carioca
Após o meu post sobre o acidente com composição da MRS
Logística S/A em Arantina (MG), fizeram
boneco vodu com meu nome e amarraram na linha do trem.
E agora será bem pior porque eu soube que chefes da empresa,
querendo aumentar o tamanho das composições tomando como exemplo a Ferrovia do
Aço, onde as locomotivas chegam a puxar 200 vagões numa malha ferroviária sem
altos e baixos e sem curvas acentuadas, promoveram mais uma trapalhada “arrebentando”
a sinalização e paralisando várias composições, uma no Centro de Barra do
Piraí.
Estou tentando avisar que não só podem como devem aumentar
os lucros através da produtividade, mas, essa crescente evolução profissional, técnica e
tecnológica não pode caminhar no limiar entre a responsabilidade e a irresponsabilidade.
E nada como um dia após o outro para mostrar que a ferrovia
- abandonada pelos governos brasileiros para fortalecer a rodovia, que mata
pessoas, mas, vende caminhões – enviou mais um alerta com o acidente desta
manhã (quarta-feira, dia 9) entre um trem de passageiros da Supervia e uma
composição de ferro gusa da MRS.
O acidente aconteceu próximo às estações de Barros Filho e
Costa Barros, no subúrbio carioca.
As empresas informaram que investigações foram iniciadas
para apurar as causas de mais um acidente, que dessa vez deixou passageiros
feridos, por obra divina, sem gravidades.
A Agência Reguladora de Transportes do Estado do Rio de
Janeiro também informou que um procedimento foi aberto para apurar as causas do
acidente.
Tenho vários amigos maquinistas e os relatos são sempre
parecidos: monoconduções, cargas horárias excessivas; ordens de quem não sabe
nada sobre ferrovias e a famigerada busca pela produtividade são fatores que
podem provocar grandes acidentes como em Arantina, onde o prejuízo da MRS
superou a casa dos R$ 100 milhões.
Então, ao invés de ser acusado como um jornalista que tenta
desmoralizar a empresa, eu deveria ser elogiado por tentar demonstrar aos
executivos da empresa, onde eles precisam investir para evitar erros graves.
Quem avisa amigo é!
Quem avisa amigo é!
domingo, 6 de abril de 2014
MP investiga Postos de Saúde em Barra do Piraí
Tô de olho!
Um inquérito civil público aberto pela Promotoria de
Direitos Difusos com sede no bairro do Matadouro, provocou uma vistoria do
Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro) em três
postos de saúde de Barra do Piraí.
No posto de saúde do bairro do Carvão não foram encontradas
as janelas do imóvel. Local insalubre e atendimento médico precário.
No posto de saúde do bairro da Ponte Vermelha, que também atende a Roseira, foram encontrados
remédios com datas vencidas, local insalubre e atendimento médico precário.
No posto de saúde do bairro Parque Santana o banheiro está
interditado e imundo. Local insalubre e atendimento médico precário.
Nos três postos de saúde não existem materiais de higiene e
ambulatório.
A ação provocada pelo Ministério Público corre em segredo de
justiça.
Por outro lado a Vigilância Sanitária de Barra do Piraí saiu
em campo para fiscalizar os consultórios médicos e odontológicos. Está sendo
exigido que a prescrição dos medicamentos não seja feita na mesma sala onde o
atendimento é realizado. Desconheço lei ou código que obriga o procedimento e
por isso não discuto a exigência dele, prevejo, apenas, que muitas salas para
atendimentos, ou até mesmo antessalas para recepção, sejam divididas ao meio,
já que a maioria dos consultórios médicos ou odontológicos é formada por sala
para atendimentos e antessala para recepcionar pacientes.
Em casa de ferreiro o espeto é de pau, diz o dito.
sábado, 5 de abril de 2014
CARGA HORÁRIA EXCESSIVA, FALHA EM PROCEDIMENTO, AUMENTO DOS LUCROS E DESPREZO PELA VIDA SÃO AS CAUSAS DO ACIDENTE DA MRS LOGÍSTICA S/A NA SERRA DE ARANTINA
Assustadora a verdade sobre o acidente com a composição da
MRS Logística S/A na Serra da Arantina, no Túnel dos Cabritos, na linha férrea
ramal Minas Gerais, que corta o município de Arantina.
Duas locomotivas à frente de uma composição com 131 vagões
carregados com minério de ferro, pesando, aproximadamente, 12 mil toneladas.
Atrás, uma locomotiva que auxilia na condução da carga e é controlada pelo
maquinista responsável pela composição que transporta o minério de ferro de
Águas Claras, Minas Gerais, para a Ilha de Guaíba, na Costa Verde fluminense,
passando por Barra do Piraí.
Após passar pelo Túnel dos Cabritos o maquinista cumpriu o
procedimento da empresa parando a composição no semáforo vermelho para efetuar
a manobra chamada locotrol. Esta manobra consiste em retirar ou acoplar
locomotivas para a condução adequada na descida da serra sentido Volta Redonda.
Então o maquinista prosseguiu o procedimento determinado
pela MRS Logística, que era:
Desengatar as duas locomotivas da composição com 131 vagões mais
a locomotiva da traseira, seguir até o pátio na cidade de Bom Jardim para
buscar mais duas locomotivas que auxiliariam na descida da Serra de Arantina.
Antes de desengatar as duas locomotivas da dianteira o
maquinista configurou por controle remoto a condição de “espera” no computador
de bordo da locomotiva da traseira. Esta condição de “espera” consiste em
enviar para a locomotiva da traseira, que permanece engatada aos 131 vagões, um
sinal via satélite que aciona o sistema para controlar os freios e manter a
força motora necessária para paralisar toda a composição até que o maquinista
retorne com quatro locomotivas de Bom Jardim para finalizar a manobra e descer
a serra com segurança.
Dentro do túnel dos cabritos existem fibras óticas que
transmitem os sinais via satélite, só, que, devido às chamadas zonas mortas, o
sinal transmitido corretamente pelo maquinista para deixar a composição parada
naquele local não foi recebido pelo computador de bordo da locomotiva
controlada remotamente.
Sem condutor a locomotiva e os 131 vagões carregados com
minério de ferro começaram a descer a Serra de Arantina aumentando gradativamente
a velocidade.
Uma segunda composição formada por duas locomotivas e mais
134 vagões carregados de minério de ferro, que era conduzida também por somente
um maquinista, manobrava no trecho para repetir o mesmo procedimento chamado
locotrol.
Uma terceira composição também com um maquinista no comando
de uma locomotiva e 134 vagões aguardava o mesmo procedimento com a finalidade
descer a Serra de Arantina.
Com exclusividade ouçam abaixo o desespero no Centro de Controle Operacional da MRS
Logística na cidade de Juiz de Fora, onde os operadores conversam com os
maquinistas das três composições sobre o iminente acidente que aconteceria na
descida da Serra de Arantina. Percebam que a preocupação com as locomotivas
superou a preocupação com a vida dos maquinistas após a colisão que derramou
grande quantidade de óleo diesel e minério de ferro na natureza.
No áudio exclusivo do Blog do Jeff Castro é possível ouvir quando o maquinista da terceira
composição avisa que vai pular do trem em movimento e em rota de colisão com a
composição desgovernada. Pode-se ouvir também o maquinista que fez a manobra
locotrol no semáforo próximo ao túnel dos Cabritos dizer: “se tivesse com o
procedimento antigo de recuar pra fora e parar nada disso tinha acontecido, já
estava escrito que isso ia acontecer”.
O que seria este "recuar pra fora" no áudio do maquinista?
O antigo procedimento retirava a composição inteira do túnel
dos Cabritos para realizar a manobra locotrol.
ATUALIZANDO COM POSTAGEM DE VÍDEO - 09/04/2014 - 23:32
Cópia de segurança feita porque eu suspeitava que o autor do post sobre o acidente no YouTube iria apagar o vídeo de seu mural. A qualidade do vídeo não é boa mas serve para garantir a matéria publicada no Blog do Jeff Castro.
ATUALIZANDO COM POSTAGEM DE VÍDEO - 09/04/2014 - 23:32
Cópia de segurança feita porque eu suspeitava que o autor do post sobre o acidente no YouTube iria apagar o vídeo de seu mural. A qualidade do vídeo não é boa mas serve para garantir a matéria publicada no Blog do Jeff Castro.
CARGA HORÁRIA EXCESSIVA, FALHA EM PROCEDIMENTO, AUMENTO DOS
LUCROS E DESPREZO PELA VIDA COMO PRINCIPAIS CAUSAS DO ACIDENTE NA SERRA DE
ARANTINA
Vamos à rotina do maquinista condutor da composição que
provocou o acidente.
No dia 1 de abril ele se apresentou por volta das 6 horas no
pátio de Bom Jardim (MG). Passou pelo procedimento do bafômetro e ficou cerca
de 3 horas aguardando uma composição para cumprir 9 horas de trabalho até o
pátio P2-14, onde um veículo da Vix Locadora, empresa terceirizada pela MRS, o
levou até Volta Redonda, cerca de uma hora de viagem.
Às 19 horas, o maquinista, que tinha cumprido 13 horas de
trabalho, seguiu para um hotel na
avenida Amaral Peixoto, em Volta Redonda.
Na manhã seguinte o maquinista se apresentou às 5 horas, dia
2 de abril, no pátio da MRS na cidade do aço para conduzir uma locomotiva com
76 vagões com cargas diversas até a cidade de Barbacena (MG).
Por volta das 16 horas o maquinista chegou em Barbacena e
foi levado por um veículo da Vix até a cidade de Bom Jardim, chegando às 17h30
em sua residência.
No dia 3 o maquinista se apresentou novamente as 8h30 para
conduzir a composição que provocou o acidente na Serra de Arantina por volta de
14 horas.
Se já não bastasse o absurdo da monocondução - segundo a MRS
Logística S/A a monocondução é garantida pelo chamado “homem morto”, botão que
tem que ser acionado de um minuto e trinta segundos em um minuto e trinta
segundos pelo maquinista - fatores como a
carga horária excessiva e a falha no procedimento locotrol com a clara finalidade de acelerar o tráfego
de cargas, explorando ao máximo os maquinistas para diminuir o tempo nos
intervalos das composições aumentando astronomicamente os ganhos, são, aos meus
olhos, as razões da composição desgovernada na Serra de Arantina.
Como Barra do Piraí é cortada pela linha férrea e é também “bombardeada”
pelas notícias sobre a redução do tempo entre as composições de carga que
cortam a cidade, fica para nós cidadãos barrenses o grande alerta.
Há cerca de 15 dias uma outra falha em sistema da MRS
Logística S/A, conhecido como CBTC, travou o sistema paralisando uma composição
na passagem de nível da Rua Aureliano Garcia, em Barra do Piraí.
Que os promotores do Ministério Público de Direitos Difusos
e do Trabalho adotem providências porque a MRS Logística S/A está tentando abafar o
caso Serra de Arantina, fato, que não acontecerá, pois, graças a minha
credibilidade junto a população e aos funcionários da empresa, ele chegou até
aqui.
Vejam as fotografias do acidente
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