quinta-feira, 4 de abril de 2013

Justiça Eleitoral segue promovendo a dança das cadeiras nos pequenos municípios


Em pleno fervor das campanhas eleitorais antecipadas nos primeiro e segundo escalões da política brasileira, a Justiça Eleitoral prossegue descontando as dores das amarras sobre os pequenos municípios, onde vereadores, prefeitos e até órgãos de imprensa locais são presas fáceis para servirem como exemplos de bons serviços prestados a democracia tupiniquim dos dois pesos e duas medidas.
Inerte e impotente frente às galhofas do ex-presidente Lula, das ações “politiqueiras” da presidente Dilma, que já fizeram a Petrobrás despencar da 2ª para a 8ª posição mundial entre as petrolíferas, e das articulações de candidatos como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), com participações explícitas dos grandes conglomerados da mídia nacional, a Justiça Eleitoral - costumeira na aplicação de multas de R$ 50 mil em políticos e veículos de comunicação nanicos em casos onde questões idênticas rendem, por exemplo, multas irrisórias como a de R$ 5 mil aplicada ao presidente Lula - desestabiliza pequenos municípios em todo país, e, em nossa região não poderia ser diferente, afinal, alguém tem a obrigação histórica de “pagar o pato” no Brasil.
Seguindo este padrão, que só terá fim quando caírem às ditaduras da ignorância e das canetas, que foram trocadas pelas baionetas no Brasil, municípios como Barra do Piraí, Mendes, Engenheiro Paulo de Frontin e Paty do Alferes se preparam para o fundo do poço com as desestabilizações políticas, financeiras e administrativas provocadas pelas ações da Justiça Eleitoral, que já destruíram Valença e Vassouras com os deferimentos, indeferimentos e revogações de medidas liminares seguidas pelo entra e sai de prefeitos e vereadores.
Em meio a tudo isso, fica para os habitantes e eleitores dessas pequenas cidades, àquele gosto amargo de saber que seus votos serão validados quando a draconiana Justiça Eleitoral resolver julgar os méritos, fato, que muitas das vezes acontece depois das próximas eleições municipais, ou seja, quando as decisões não valem mais nada.
O desembargador federal Sérgio Schwaitzer, que reconduziu o prefeito e o vice-prefeito, respectivamente, Maércio de Almeida (PMDB) e Doutor Júnior (PV), ao comando em Barra do Piraí, voltou atrás e revogou sua própria liminar concedida em janeiro entregando novamente o poder ao presidente da Câmara de Vereadores, Pastor Monteiro (PRB), que a partir de hoje volta a ser o prefeito interino.
Em Engenheiro Paulo de Frontin, após a Justiça Eleitoral anunciar a posse do segundo colocado João Carlos (PDT) na tarde de ontem, o prefeito eleito Marco Aurélio (PMN) retornou ao cargo através de medida liminar provocando um enfrentamento público entre simpatizantes, correligionários e até vereadores na Rodoviária Municipal, que só não terminou de forma fatídica graças à intervenção da Polícia Militar.
Então, quando acontecerem mortes, depredações ou coisas semelhantes, os paladinos da democracia tupiniquim sairão caçando as bruxas, aos costumes.
Tem momentos em que eu penso que seria melhor ter nascido na Coréia do Norte. Pelo menos lá eu não teria acesso as informações que me fazem envergonhar de parte daqueles que representam nossas instituições.
E vamos continuar dançando ao redor das cadeiras cantando nossa música preferida: "O patrão mandou cantar com a língua enrolada. Everybody macacada! Everybody macacada!"

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