reprodução - Reuters
No primeiro semestre de Congresso Nacional, o voto de protesto paulista, o humorista e artista circense Tiririca (PR-SP) - deputado federal com 1,3 milhão de votos, atrás apenas do ex-deputado federal Enéas Carneiro, que em 2002 foi eleito com 1,5 milhão de votos pelo PRONA – superou polêmicas como empregar dois colegas humoristas do grupo Café com bobagens, usar e devolver o dinheiro público gasto por ele num resort em Fortaleza (CE) e não se pronunciar por determinação do secretário-geral do PR, Valdemar da Costa Neto (SP), que também foi responsável pelo seu visual inicial, já que o próprio Tiririca resolveu abolir a recomendação meses depois adotando as calças jeans, os sapatos esportivos e as camisas para fora do terno como mais adequados a sua personalidade.
Submetido a teste para comprovar que não era analfabeto o deputado Tiririca foi eleito membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal demonstrando assiduidade no plenário com participação em todas as seções, e também na Comissão de Educação e Cultura com somente duas ausências em reuniões.
Em junho e com o auxílio de assessores o deputado Tiririca apresentou três propostas ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). Nas duas propostas ligadas a Educação o deputado pede a alteração da lei que instituiu a Política Nacional do Livro para criar o Vale-Livro e a Bolsa Alfabetização. O Vale-Livro seria destinado aos alunos matriculados nas instituições públicas de ensino infantil, fundamental e médio, que ganhariam um valor do governo para comprarem livros de suas preferências. Já a Bolsa Alfabetização seria um programa de incentivo financeiro no valor de R$ 545 para estudantes adultos com freqüência escolar superior a 85% no programa de alfabetização num período de seis meses. Na proposta na área de Cultura o deputado pede a alteração da lei que dispõe sobre a organização da assistência social para criar programas de amparo às pessoas e famílias que exercem atividades circenses e de diversões itinerantes. Tiririca pede também que o decreto da Política Nacional para a População em Situação de Rua seja estendido aos artistas circenses e familiares.
Eleito com o slogan “você sabe o que faz um deputado federal? Eu também não. Vote em mim que eu te conto!” o deputado Tiririca, se não aprendeu o que faz um deputado federal, pelo menos teve boa vontade encerrando o primeiro semestre com notas bem superiores aos medalhões do Partido da República, ao qual é filiado.
Escândalos derrubam PR nos Transportes
Com as medidas adotadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) no Ministério dos Transportes onde o Partido da República foi o mais atingido pelas demissões e suspeitas de corrupção, principalmente no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), a ameaça é de uma improvável virada de casaca entre os 41 deputados federais e seis senadores do Partido da República, que poderiam determinar também o caminho dos 23 votos dos partidos que integram o bloco do PR, que são PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC e PSL.
Enfraquecido pela crise o PR em Brasília está dividido entre os que apóiam os “superpoderes” de Valdemar da Costa Neto, deputado federal por São Paulo envolvido no mensalão do PT e que passou a liderar o partido apoiado pelo ex-ministro Palocci, e os que são contra Costa Neto, voz ativa do presidente Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes que caiu no início do escândalo de corrupção e favorecimento de parentes em obras superfaturadas.
A bancada do PR fluminense na Câmara dos Deputados - sete deputados federais - é independente e liderada pelo deputado federal Anthony Garotinho. Apesar de não fazer oposição ao governo federal, a bancada é vista com desconfiança por Dilma Rousseff, principalmente após a negociação de Garotinho no caso convocação de Palocci para impedir que as cartilhas gays fossem distribuídas nas escolas da rede pública. Garotinho priorizou a PEC-300 e recente causa dos Bombeiros.
Longe dos discursos e embates no plenário, o deputado federal Jorge de Oliveira, o Zoinho (PR), não se importa em cativar espaço no chamado “baixo clero” – centenas de parlamentares com pouca expressão política na Casa.
Sem propostas ou projetos próprios, Zoinho se dedica a sua muito provável candidatura a prefeito de Volta Redonda no próximo ano. O deputado está construindo uma nova imagem desenhada pelo diretor de uma empresa de publicidade com bom relacionamento nos Palácios da Guanabara e 17 de julho. Em 31 de maio, na Prefeitura de Volta Redonda, Zoinho se encontrou com o seu ex-desafeto prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) prometendo unir forças na elaboração de projetos voltados as comunidades carentes.
Várias lideranças do PR no Sul Fluminense reclamam da atuação do único deputado federal verdadeiramente eleito pela região. Se limitando a fazer coro em questões como Código Florestal, PEC-300 e causa dos Bombeiros, o deputado federal em nada lembra o aguerrido vereador de Volta Redonda.
Zoinho cativa se espaço no "baixo clero" da Câmara Federal
A bancada do PR fluminense na Câmara dos Deputados - sete deputados federais - é independente e liderada pelo deputado federal Anthony Garotinho. Apesar de não fazer oposição ao governo federal, a bancada é vista com desconfiança por Dilma Rousseff, principalmente após a negociação de Garotinho no caso convocação de Palocci para impedir que as cartilhas gays fossem distribuídas nas escolas da rede pública. Garotinho priorizou a PEC-300 e recente causa dos Bombeiros.
Longe dos discursos e embates no plenário, o deputado federal Jorge de Oliveira, o Zoinho (PR), não se importa em cativar espaço no chamado “baixo clero” – centenas de parlamentares com pouca expressão política na Casa.
Sem propostas ou projetos próprios, Zoinho se dedica a sua muito provável candidatura a prefeito de Volta Redonda no próximo ano. O deputado está construindo uma nova imagem desenhada pelo diretor de uma empresa de publicidade com bom relacionamento nos Palácios da Guanabara e 17 de julho. Em 31 de maio, na Prefeitura de Volta Redonda, Zoinho se encontrou com o seu ex-desafeto prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB) prometendo unir forças na elaboração de projetos voltados as comunidades carentes.
Várias lideranças do PR no Sul Fluminense reclamam da atuação do único deputado federal verdadeiramente eleito pela região. Se limitando a fazer coro em questões como Código Florestal, PEC-300 e causa dos Bombeiros, o deputado federal em nada lembra o aguerrido vereador de Volta Redonda.
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