quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Jornalista Pedro Palma executado em Miguel Pereira



Brother e Jornalista Pedro Miguel Palma, 47 anos, proprietário do jornal Panorama Regional, foi assassinado a tiros na noite desta quinta-feira (13), em frente à sua casa na cidade de Miguel Pereira.


Várias Ongs Internacionais como a Artigo 19 e Repórteres Sem Fronteiras apontam o interior do Brasil como um dos locais mais perigosos do mundo para atuar como Jornalista.


Jornalistas são executados e só na região Sul Fluminense já são dois em três anos, quase um Jornalista morto por ano sem qualquer resposta à sociedade, já que os executores e prováveis mandantes nunca são encontrados em investigações que terminam empoeiradas nas gavetas das delegacias.

Pedro Palma, assim como Randolfo, também executado há dois anos com sua namorada em Barra do Piraí, era membro da imprensa nanica da qual eu faço parte com muita satisfação.

O negócio é que no interior os delegados (Polícia Civil e Polícia Federal), promotores e juízes, literalmente, cagam e andam para o que nós Jornalistas da imprensa nanica escrevemos, eles só tomam providências em quaisquer assuntos quando a grande mídia aponta seus holofotes, lentes e câmeras para as questões.

E assim tudo vai ficando no esquecimento encorajando os executores e mandantes a calarem o Jornalista que os incomoda.

Isso, porque, do meu ponto de vista, existem vários Brasis e aqui no interior o Brasil é fascista.

“Durante o primeiro ano de dominação fascista, 1922-23, tinham-se pilhado e incendiado as oficinas e redações dos jornais de oposição. Redatores e correspondentes foram agredidos, feridos, banidos. Edições inteiras de jornais foram incendiadas ao sair das oficinas, ou à sua chegada nas estações de estrada de ferro. Os vendedores eram ameaçados e agredidos e suas bancas incendiadas. De vez em quando os dirigentes provinciais seqüestravam edições inteiras dos jornais. Mas as velhas leis que garantiam a liberdade de imprensa continuavam oficialmente em vigor, e os confiantes continuavam a esperar que estes atos ilegais e inconstitucionais cessariam um dia, e que a liberdade de imprensa se instauraria de novo.”

(Gaetano Salvemini, La Terreur Fasciste, Paris, 1930. págs 238-247)

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