sábado, 15 de fevereiro de 2014

Acessibilidade zero! Vergonha zero!

Há 10 meses eu publiquei no site www.jeffcastro.com.br, que retornará em breve, estou sentindo falta dele, a matéria abaixo sobre acessibilidade em Barra do Piraí.

Acabei de receber um telefonema de uma profissional de Educação me pedindo para fazer mais uma matéria mostrando outra menina cadeirante tentando chegar ao Colégio Joaquim de Macedo, também em Barra do Piraí. Ela reside no bairro do Maracanã e o ônibus que ela precisa enfrentar todos os dias, de acessibilidade só possui o adesivo colado no pára-brisa.

Vamos a matéria de 15 de abril de 2013

ACESSIBILIDADE: UM DIREITO DE TODOS!
Acompanhamos em Barra do Piraí a luta diária da jovem estudante Izabely Silva de Oliveira, de 9 anos, filha do serralheiro industrial Sidenir Jesus Camargo e da dona de casa Maria de Fátima Honorato. Izabely nasceu com uma deformação na coluna que a impossibilita de andar. Todos os dias, acompanhada de seus pais, ela faz o caminho de ida e volta de sua casa, no início da subida do bairro da Caixa D’água, em Barra do Piraí, até a Escola Municipal Manoel Fonseca, atrás da Santa Casa.
A equipe do Jeff Castro.com.br fez o trajeto de Izabely, acompanhado pelo pai Sidenir, para verificar as dificuldades de acessibilidade em Barra do Piraí.

O que é acessibilidade?

Acessibilidade consiste em disponibilizar condições básicas para que pessoas com deficiências ou mobilidade reduzida participem de atividades que incluem o uso de produtos, serviços e informação, além de permitir o uso destes por todas as parcelas da população. Veículos públicos com acesso a deficientes, televisões com legenda para pessoas com problemas auditivos, entre outras, são algumas medidas básicas que promovem a inclusão do portador de deficiência física na sociedade ou no mercado de trabalho.
Escola Municipal Manoel Fonseca
Inicialmente, ouvimos o diretor da Escola Municipal Manoel Fonseca, Roberval Lauro de Oliveira, que não permitiu o registro de fotos dentro da escola, apenas com a autorização da Secretaria Municipal de Educação. Roberval ressaltou que a escola possui acesso de rampa na entrada, banheiros adaptados e sinais visuais aos deficientes auditivos. O foco atual da direção é a construção de um elevador para o acesso ao pátio na cobertura, evitando a utilização da rampa no exterior o colégio, e a execução do plano de ação para o cadastro da escola no Programa Escola Acessível, que visa promover ou ampliar as condições de acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas públicas de ensino regular.
De acordo com Sidenir, em relação ao colégio eles não possuem grandes problemas, apenas o acesso ao pátio, que é feito por uma rampa ao lado de fora e sem cobertura.
Trajeto de Izabely - Escola x Casa
Em um caminho relativamente curto, de aproximadamente 500 metros, observamos grandes obstáculos para a jovem Izabely, o principal deles são os postes no centro da estreita calçada, o que obriga o desvio da passagem para o asfalto, um perigo já que para isso a jovem cadeirante depende da boa vontade dos motoristas, ainda mais no retorno da escola. “Os postes foram colocados exatamente no meio do caminho, fechando a passagem por qualquer lado das calçadas. Antigamente, não havia nenhum cuidado e atenção com a acessibilidade do deficiente, mas hoje em dia é inadmissível uma situação dessas”, desabafou Sidenir, indignado com a situação atual.
Izabely reclamou também dos buracos e do desnivelamento de uma calçada para a outra. “Semana passada, quase tomei um tombo em dois buracos, mesmo conhecendo bem o caminho. Para atravessar a rua, não consigo fazer sozinha pela falta de rampas nas faixas, preciso da ajuda de alguém”, contou.
A falta de padronização, de rampas de acesso nas calçadas, e do número excessivo de buracos, dificulta a locomoção dos deficientes em diversos locais da cidade, principalmente nas periferias. “Creio eu que o novo prefeito terá muito trabalho na questão da acessibilidade em Barra do Piraí. A estrutura está restrita ao centro da cidade, será preciso uma atenção maior a periferia. Eu moro perto do centro e já tenho dificuldades com minha filha, imagina as pessoas com limitações físicas que moram em bairros distantes?”, questionou o serralheiro, que divide a tarefa de buscar e levar Izabely ao colégio com a esposa.
A ampliação da estrutura e transporte aos bairros, padronização das calçadas, remoção dos postes em parceria com a Light, segundo Sidenir, são medidas em curto prazo que melhorariam as condições de acessibilidade ao deficiente físico. Cabe as autoridades responsáveis tomarem as atitudes necessárias para oferecer, no mínimo, uma condição digna social a essas pessoas.
Lembrando que o Decreto-lei, nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, prevê multa aos estabelecimentos que se negarem a fazer o necessário para adequação. E essa multa é maior para os órgãos públicos que não respeitarem seu direito de acessibilidade.
Acompanhem o trajeto de Isabely até sua casa no Morro da Caixa Dágua

O texto e fotos são do meu filho, jornalista Felipe Souza de Castro.

As autoridades são omissas. Alguém precisa avisar a Light S/A que lugar de postes não é no meio das calçadas. Falta atitude, falta macho, acho que vou chamar o vereador Pedrinho ADL para tomar providências!







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