Assim como eu respeito à fé do pastor Celso Martinez, gostaria que a minha também fosse respeitada.
Fui a Igreja Batista de Barra do Piraí em duas tristes oportunidades. A primeira em 2001 e na Rua Moreira dos Santos para participar da cerimônia fúnebre do presidente da Câmara, Hamilton Baltazar; a segunda na semana passada e também para me despedir da amiga inesquecível de minha adolescência, Rosane Martins do Amaral Pires.
Confesso que pensei muito antes escrever este comentário, até porque eu tive nove anos para avaliar a relevância e oportunidade do mesmo. Então cheguei à conclusão que era importante para a liberdade religiosa revelar que nas duas oportunidades eu deixei a Igreja Batista me sentindo ofendido pelo Pastor Celso Martinez:
“Porque Hamilton Baltazar acreditava num Jesus Cristo vivo, não pregado numa cruz!”, disse o Pastor Celso em 2001.
“Porque Rosane acreditava num Jesus Cristo vivo, não num corpo cadavérico pregado na cruz!”, disse o Pastor Celso na semana passada.
Como não se tratava de um culto da Igreja Batista, mas de cerimônias ecumênicas para familiares e amigos de Hamilton Baltazar e Rosane, acredito que o Pastor Celso, homem respeitado em sua Igreja, poderia ter sido um pouquinho mais inteligente e gentil com os presentes.
Eu entrei e saí da Igreja Batista nas duas oportunidades com meu crucifixo no peito e me sentindo ofendido pelo Pastor Celso Martinez, que o rotulou como corpo cadavérico pregado na cruz.
Sobre a Igreja Batista tenho a dizer que possui pastores e membros valorosos, como minha sogra, Clenir dos Santos Souza, e o próprio pastor Celso Martinez.
Sobre as cerimônias fúnebres tenho a dizer que foram emocionantes e consoladores para familiares e amigos dos que partiram ao encontro do Jesus dos batistas, umbandistas, católicos, enfim, dos cristãos.
Era o que eu tinha a dizer.